Operação

Policial é preso acusado de sequestrar traficantes em Cabo Frio

Acusado e comparsas exigiram R$ 20 mil para libertá-los, diz MP

Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) prestam apoio na ação desta sexta
Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) prestam apoio na ação desta sexta |  Foto: Fernando Frazão / Agência Brasil
 

Um policial militar e dois comparsas foram presos nesta sexta-feira (23) no Rio de Janeiro. Eles são denunciados por sequestrar dois traficantes de drogas de Cabo Frio, na Região dos Lagos.

A operação do Ministério Público também cumpre mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos denunciados na capital, em Armação dos Búzios, e na cidade de Montanha, no Espírito Santo.

Agentes da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ) prestam apoio na ação que é realizada em parceria com a Polícia Militar, através da Corregedoria-Geral e da 5ª Companhia do 25º BPM e do GAECO/MPES.

As investigações demonstraram que, no dia 19 de outubro de 2021, no bairro Alto da Rasa, em Cabo Frio, o cabo da PM Bruno Paulo Pereira do Carmo do Valle, ao lado dos comparsas Thiago Rezende Pimentel Trindade, conhecido como Jarbinha ou Mexicano, e Cristiano Ribeiro Xavier, conhecido como Baiano, sequestraram, com o uso de armas de fogo, dois integrantes da organização criminosa que domina o tráfico de drogas nos bairros de Maria Joaquina, em Cabo Frio, e Rasa, em Búzios.

Os traficantes estavam em uma lanchonete, quando foram surpreendidos pela presença fortemente armada dos três denunciados, que os fizeram entrar em um carro e passaram a exigir a quantia de R$ 20 mil para libertá-los.

Além disso, conforme a denúncia, os três fizeram com que um dos sequestrados ligasse para o líder do tráfico local da facção criminosa Terceiro Comando Puro, Valdinei Quintanilha, conhecido como Macaco, solicitando que ele reduzisse os valores exigidos para que os denunciados explorassem o serviço clandestino de TV a cabo oferecido nas duas comunidades dominadas pelo grupo. O valor cobrado pela organização liderada por Macaco, que era de R$ 1,5 mil mensais, passou a ser de R$ 3 mil.

Como o líder do tráfico não aceitou pagar o valor solicitado por Bruno, Thiago e Cristiano, nem reduzir a cobrança pela exploração do serviço ilegal nas comunidades, os denunciados deixaram as vítimas na beira da pista, perto de um posto de gasolina, na cidade de São Pedro da Aldeia.

Os delitos de extorsão mediante sequestro foram praticados, ainda, por associação criminosa, pois os denunciados se uniram com fim específico de explorarem clandestinamente atividade de telecomunicação, se associarem para o tráfico de drogas, portarem armas de fogo, além de ameaçarem e constrangerem ilegalmente as pessoas dos bairros Maria Joaquina (Cabo Frio) e Rasa (Armação dos Búzios).

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